sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O Flamengo está em Guerra com a CBF



A diretoria do Flamengo não recebeu bem a notícia do não reconhecimento do título de 1987 na unificação dos Campeonato Brasileiros promovida pela CBF, o que iniciou uma verdadeira guerra entre as duas entidades.

A disputa começou logo após o anúncio da unificação dos títulos da Taça Brasil, do Torneio Roberto Gomes Pedrosa e da Taça de Prata, anteriores à criação do Campeonato Brasileiro em 1971. O reconhecimento não se estendeu ao título da polêmica Copa União de 1987, vencida pelo Flamengo em meio a uma disputa política entre Clube dos Treze e a CBF. Segundo o atual presidente da organização máxima do futebol brasileiro, Ricardo Teixeira, o campeonato de 87 apenas não foi incluído na unificação por questões legais.

«Foi feita a consulta ao nosso departamento jurídico, e existe uma decisão transitada em julgado. Se for descumprida, pode resultar até em prisão. Se o Flamengo acha que merece o título, tem de recorrer à Justiça comum» disse Teixeira à Sportv.

Patrícia Amorim, presidente do Flamengo, não gostou da declaração e afirmou que lutaria em todas as instâncias pelo reconhecimento do título. Para a dirigente rubro-negra, a decisão foi tomada em represália por não ter apoiado o candidato da CBF na eleição do Clube dos Treze. Ricardo Teixeira respondeu atacando diretamente Amorim.

«Tem ficado cômica essa desculpa sempre culpando a eleição do clube dos 13 por qualquer coisa de errado. Só para se ter uma ideia, nessa unificação dos títulos três clubes dos seis votaram no candidato oposto ao que a gente teoricamente apoiava. É ridículo justificar a incompetência administrativa nesse caso de perseguição. Que o Flamengo se esforce e que fale menos e faça mais porque esse ano foi muito ruim» disse Teixeira.

A diretoria do Flamengo reagiu de imediato e divulgou uma nota pública de repúdio à decisão da CBF, em que ataca diretamente o presidente da entidade: «O justo reconhecimento do Flamengo como legítimo campeão de 1987, não traduz desrespeito à decisão judicial, não se justificando o temor do Sr. Ricardo Teixeira de ser preso, e se vier a sê-lo certamente não será por esta causa.

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